Me perdoa pelo meu comportamento,
Por estes versos, por este meu drama,
Que na verdade é o último argumento
Daquele que desespera-se porque ama.
Das coisas me fere o discernimento,
Tal qual o calor que atrai a mão a chama
Sem dar idéia de qualquer ferimento,
A simples idéia de estar em tua cama.
Pois pouco enxerga com os olhos cheios
De ti a minha alma, temendo perder
A ti, o olhar triste, os olhos rasos d’água,
A inventar uma inexistente mágoa,
Solitária, sentindo frio, a tremer,
Vítima de uma ardilagem do anseio...
29 de maio de 2011 – 19h 17min
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