quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Soneto insone

O que andará fazendo o tal Morpheu?
Terá ele adormecido no seu trono
Quando eu, sem conseguir dormir, sem sono,
Fico a me revirar no leito meu?

O que será de mim? O que faço eu
Quando da minha insônia não sou dono?
Quando no sossegado ar de seu trono
Terá adormecido o próprio Morpheu?

Este escuro, o frio, é tudo tão medonho...
Me frustra não poder voltar ao sonho
De uma sonhada noite, a mais tranqüila,

Não dormir, o pirralho mais risonho,
Com quem todos os dias desperto eu sonho:
Nunca sonhar no colo de Priscila.
            30 de maio de 2011 – 22h 54min

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