sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Tributo a Augusto dos Anjos VI ─ Justiça


Viva enquanto não estiver a te roer
Os olhos a insaciável cria da morte.
Viva enquanto perdurar a tua sorte
Quando será a tua medula a verter


Entre as presas de quem te todo porte
As criaturas está a esperar morrer
─ E trata de nunca tentar correr
Quando para onde não há: É a lei do mais forte


Que injustos dos fracos não discrimina,
Que por toda a criação se dissemina
Feito peste sem poupar a ninguém.


O que devia ser dádiva divina
Resume a existência a uma cruel sina:
Condena, a vida, sem olhar a quem.

            12 de julho de 2011 – 23h 45min

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